Angra dos Reis entra em estado de emergência devido à estiagem

O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão (MDB), decretou situação de emergência nível 1 no município, nesta segunda-feira (09), em decorrência da estiagem severa. A decisão foi publicada na edição extra do Diário Oficial do município. Desde agosto, a cidade já vinha enfrentando racionamento de água devido à seca, considerada a pior dos últimos 17 anos.

Com a medida, o governo municipal busca agilizar a contratação de serviços emergenciais, compra de caminhões-pipa, bombas d’água e insumos para lidar com a situação. Bairros como Centro, Japuíba, Mambucaba e Belém são os mais afetados pela estiagem, que tem previsão de continuidade ao longo de outubro.

Além disso, o decreto assinado por Jordão permite a captação emergencial de água no rio Mambucaba, que passa pelo Parque Nacional da Bocaina. Desde abril, Angra dos Reis registra índices de chuva abaixo do esperado, com um déficit mensal de 20 a 40 milímetros, impactando o abastecimento de água na cidade.

Para garantir o abastecimento mínimo, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) adotou um sistema de racionamento dividindo os bairros em grupos que recebem água de forma alternada. Além disso, atividades não essenciais que demandam o uso excessivo de água foram proibidas, a fim de priorizar o consumo humano e animal.

A seca em Angra dos Reis também chamou a atenção do Ministério Público do Rio de Janeiro, que em 2023 ajuizou uma Ação Civil Pública para garantir a qualidade da água distribuída à população. A Prefeitura e o Saae foram obrigados a divulgar relatórios periódicos e apresentar um plano de ações para corrigir ameaças à saúde identificadas no sistema de abastecimento.

Com a situação de emergência decretada, a cidade de Angra dos Reis busca soluções rápidas e eficazes para lidar com a seca e garantir o abastecimento de água à população, em meio a um cenário de incertezas climáticas e escassez de chuvas.