Professores de Educação Física apontam problemas de estrutura e falta de materiais em escolas de todo o país, revela pesquisa.
Um dos principais problemas apontados pelos professores foi a necessidade de melhorias na estrutura e a falta de materiais para as aulas. De acordo com o levantamento, 94,7% dos professores indicaram que os espaços destinados às aulas de educação física precisam de melhorias urgentes. Quadras esportivas em más condições, a ausência de vestiários e a falta de materiais básicos como bolas de handebol, basquete, vôlei e futsal foram alguns dos problemas apontados.
Diante das dificuldades de infraestrutura, os professores adotam diversas estratégias para contornar a situação, como trazer seu próprio material, fazer materiais improvisados, recorrer a doações ou até mesmo realizar atividades que não dependam de materiais específicos. A pesquisa ainda revelou que 79,8% dos professores já tiveram que usar dinheiro do próprio bolso para comprar materiais, como bolas de futsal, vôlei e handebol.
Além disso, a pesquisa destacou a questão do bullying nas aulas de educação física, revelando que 76,1% dos professores já presenciaram situações de intimidação sistemática, seja física ou psicológica, por parte dos alunos. O estudo apontou que a maioria dos casos de bullying está relacionada à habilidade técnica dos alunos, mas também abrange temas como aparência, gênero e sexualidade.
Diante desses desafios, fica evidente a necessidade de investimentos na estrutura das escolas e no suporte aos professores de educação física. A capacitação e preparo dos docentes para lidar com questões como o bullying e a inclusão de todos os alunos, especialmente das meninas, são fundamentais para garantir um ambiente educacional seguro e acolhedor. A falta de resposta de órgãos como a Undime, Consed e Fenep sobre a pesquisa também levanta questões sobre o compromisso das instituições educacionais com a qualidade da educação física nas escolas do país.
