DestaqueUOL

Possível Embargo dos EUA à Avibras Aeroespacial Após Compra pela Norinco Pode Afetar Defesa Brasileira




Compra da Avibras Aeroespacial pela Norinco pode resultar em embargo dos EUA para o Brasil

Compra da Avibras Aeroespacial pela Norinco pode resultar em embargo dos EUA para o Brasil

A recente aquisição da Avibras Aeroespacial pela estatal chinesa Norinco está gerando preocupações no cenário internacional. A possibilidade de um embargo dos Estados Unidos à exportação e ao uso de produtos de defesa americanos para o Brasil é uma realidade iminente.

O veto imposto pela gestão do presidente dos EUA, Joe Biden, à Norinco em 2021 por representar ameaças à segurança nacional, política externa e economia é o principal motivo para a preocupação. A proibição de utilização de produtos da Norinco fora da China, especialmente em áreas de vigilância e tecnologia de defesa, levanta questionamentos sobre parcerias com empresas vinculadas à Norinco, como a Avibras Aeroespacial.

Representantes do governo dos EUA alertaram a administração brasileira sobre a possibilidade de embargo, o que poderia afetar programas estratégicos das Forças Armadas nacionais. O sistema de artilharia Astros, por exemplo, fornecido pela Avibras, utiliza equipamentos de comunicação da empresa americana Harris Corporation, o que poderia ser impactado pelas sanções americanas.

A concorrência do Exército brasileiro para a compra de blindados em 2022 foi um exemplo de como o embargo pode influenciar decisões. A Norinco ficou em desvantagem contra concorrentes de outros países devido ao veto ao uso de rádios comunicadores americanos em veículos da empresa chinesa.

A Norinco é uma empresa de renome global, atuando em diversos setores, incluindo defesa, veículos e construção civil. Seu interesse na aquisição de parte das ações da Avibras despertou debates sobre os impactos geopolíticos da transação, especialmente em relação à reação de Washington.

A comunicação do interesse chinês ocorreu após a desistência de investidores australianos de fechar negócio com a Avibras, principalmente devido a problemas de financiamento e restrições do governo australiano. O Brasil enfrenta desafios econômicos e políticos na condução dessas negociações diante de pressões internacionais.

Diante deste cenário delicado, autoridades brasileiras e executivos das empresas envolvidas buscam soluções para manter a operação da Avibras e garantir a segurança nacional. A viagem do comandante do Exército à China em julho para reuniões com representantes da Norinco será um passo importante nesse processo de negociação.

A Avibras Aeroespacial, fundamental para o abastecimento de mísseis e sistemas de defesa brasileiros, enfrenta desafios financeiros e estruturais, o que torna a transação com a Norinco ainda mais relevante e delicada para o país.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo