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Malha aérea alternativa a Porto Alegre após enchentes contempla 16% dos voos domésticos da capital; capacidade chega a 78% com circuito emergencial.




Aeroporto de Porto Alegre: Fechamento e Alternativas

Aeroporto de Porto Alegre: Fechamento e Alternativas

Após o fechamento do aeroporto Salgado Filho devido às enchentes, as rotas aéreas gaúchas tiveram que se adaptar, buscando alternativas para manter a conectividade com outras cidades. Segundo dados da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil), as rotas alternativas representam 16% do total de voos domésticos que a capital Porto Alegre registrou de maio a junho do ano passado.

Com o encerramento das atividades do Salgado Filho em 3 de maio, devido à inundação da pista e do prédio, a capacidade aérea diminuiu drasticamente. Houve uma queda de 92,9% no número total de passageiros, com apenas 36 mil passageiros no mês seguinte, em comparação aos 516 mil de abril.

O governo federal e as companhias aéreas anunciaram uma malha emergencial para compensar o fechamento do aeroporto. Incluindo o uso da base militar de Canoas e o aumento de viagens em outros terminais gaúchos e catarinenses, a capacidade aérea alcançou 78% do total.

Os dados revelam que Canoas, cidade vizinha de Porto Alegre, recebe 34 voos semanais, sendo a opção mais próxima. Além disso, outros terminais gaúchos e catarinenses foram utilizados para manter as operações aéreas na região.

Impacto nos Preços das Passagens

A escassez de voos e a disputa por viagens próximas à capital resultaram em um aumento significativo nos preços das passagens. Cidades como Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Jaguaruna e Florianópolis registraram aumentos que variaram de 14% a 100% nas tarifas de voos durante o período de junho.

De acordo com a empresa Kaiak, especializada em monitoramento de passagens, as tarifas para Canoas estão em média de R$ 2.000 para viagens até 31 de julho, representando um aumento considerável em relação aos valores praticados anteriormente.

Reabertura do Aeroporto

A Fraport, concessionária do Salgado Filho, ainda não definiu uma data para a reabertura total ou parcial do aeroporto. Após a tragédia, a empresa se comprometeu a manter o contrato até 2042, apesar dos desafios enfrentados.

Além dos impactos nos passageiros, a crise aeroportuária traz custos adicionais para a reconstrução, exigindo apoio financeiro do governo. A dependência do Salgado Filho para o transporte de cargas e passageiros ressalta a importância da infraestrutura aérea na região.

Opinião dos Especialistas

O economista Claudio Frischtak destaca os desafios na reconstrução do aeroporto, especialmente em relação à pista danificada. A falta de alternativas próximas ao Salgado Filho é um ponto sensível na conectividade aérea do Rio Grande do Sul.

Diante dos preços elevados das passagens, Marcelo Guaranys ressalta a necessidade das empresas aéreas encontrarem um equilíbrio entre os custos operacionais e os valores cobrados dos passageiros.

Considerações Finais

A situação atual do aeroporto de Porto Alegre destaca a importância da infraestrutura aérea para a região sul do Brasil. O desafio de reconstruir e reativar o Salgado Filho traz consigo implicações econômicas e logísticas que impactam não apenas os passageiros, mas também o transporte de cargas e o turismo na região.


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