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Macron enfrenta limitações com possível maioria do RN: democracia iliberal em risco.

O poder de escolha do governo Macron será limitado em caso de coabitação

No cenário de coabitação, a capacidade de escolha do governo Macron será bruscamente reduzida. Isso porque, de acordo com as normas estabelecidas, o presidente francês só pode manifestar sua opinião em relação à nomeação de dois ministros do governo: o de Relações Exteriores e o da Defesa.

Contudo, é importante ressaltar que o RN, partido de Marine Le Pen, não terá autonomia para propor decisões controversas, como a realização de um referendo sobre questões relacionadas à imigração, sem o consentimento do Presidente Macron.

Embora a maioria no Legislativo possa aprovar projetos de lei sem impedimentos, o Presidente ainda mantém a prerrogativa de solicitar a análise do Conselho Constitucional sobre a constitucionalidade das medidas antes de sua promulgação.

Nesse contexto, questões fundamentais do programa de Bardella, como a restrição do acesso a auxílios sociais para os cidadãos franceses, podem enfrentar dificuldades para serem implementadas, como aponta a revista L’Express.

Implicações de uma maioria absoluta do RN

Para a Nouvel L’Obs, a obtenção de uma maioria absoluta pela RN na Assembleia Nacional poderia transformar a França em uma “democracia iliberal”. O termo, frequentemente associado a países como a Hungria de Viktor Orban, descreve nações que, apesar de serem democráticas, falham em garantir a independência do judiciário, a igualdade perante a lei e a proteção dos cidadãos diante do Estado e das corporações privadas.

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