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Literatura brasileira na China: desafios e oportunidades para ampliar o alcance e a representatividade dos autores nacionais




Artigo sobre a literatura brasileira na China

Análise: A literatura brasileira na China

Recentemente, um vídeo viralizou nas redes sociais, mostrando Courtney Henning Novak, uma americana apaixonada pela obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis. Esse fenômeno despertou a curiosidade: por que o mesmo não ocorre na China, um gigante do mercado editorial mundial?

Apesar de autores brasileiros como Paulo Coelho terem sucesso na China, a literatura nacional ainda não conquistou um espaço significativo no país. Apenas a obra “Torto Arado” se destacou, enquanto obras de autores como Gabriel García Marquez e Pablo Neruda são amplamente consumidas.

A participação da editora brasileira Aboio na Feira Internacional do Livro de Pequim levantou questões sobre os desafios de inserir autores brasileiros no mercado chinês. Leopoldo Cavalcante, editor da Aboio, mencionou a falta de tradutores e a escassez de cursos de chinês no Brasil como obstáculos a serem superados.

A relação Brasil-China é marcada por desconhecimento mútuo, refletindo-se até mesmo na tradução de termos simples como “carnaval” e “açaí”. A literatura brasileira poderia servir como ponte cultural, mas ainda enfrenta barreiras devido à falta de incentivo governamental e interesse do mercado privado em investir na China.

Para fortalecer os laços entre os dois países, é fundamental que mais autores brasileiros sejam divulgados na China e vice-versa. A presença da Aboio na feira do livro em Pequim é um passo importante, porém é necessário um maior engajamento e apoio para expandir a presença da literatura brasileira no mercado chinês.

Em suma, a literatura brasileira tem potencial para conquistar leitores na China, mas é fundamental uma maior colaboração entre os dois países e um maior reconhecimento da riqueza cultural brasileira. Que iniciativas como a participação da Aboio na Feira de Pequim sirvam de incentivo para uma maior integração cultural entre Brasil e China.


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