DestaqueUOL

Premiê húngaro critica imigração e transformação da Alemanha em visita a Berlim: “Já não é mais a mesma”




Artigo Jornalístico

Orbán critica imigração e relações com Alemanha em visita a Berlim

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, fez duras críticas à política de imigração da Alemanha durante sua visita a Berlim nesta sexta-feira (21). Em entrevista a uma rádio húngara, Orbán afirmou que a Alemanha “não é mais o que era” e que o país mudou significativamente devido à imigração.

Orbán, conhecido por suas posições autoritárias e anti-imigração, foi recebido na Alemanha pelo primeiro-ministro Olaf Scholz, em uma reunião que tinha como objetivo discutir o programa que a Hungria pretende adotar durante a presidência rotativa do Conselho Europeu a partir de julho.

No entanto, a visita não foi marcada por honras militares ou declarações conjuntas, evidenciando as tensões entre os dois países. As relações estão especialmente estremecidas devido à postura pró-Rússia da Hungria e às políticas antidemocráticas de Orbán, que já causaram controvérsias e tentativas de sanções por parte da União Europeia.

Orbán descreveu a Alemanha como um país “completamente transformado” desde a decisão da ex-chanceler Angela Merkel de acolher refugiados em 2015. Ele enfatizou que a Hungria se tornou uma “ilha de paz” na UE devido às suas políticas rígidas de imigração, que incluem a construção de cercas nas fronteiras e a recusa em aceitar refugiados de outros países europeus.

O premiê húngaro também fez críticas ao governo Scholz, acusando governos de esquerda de conceder cidadania de maneira acelerada a imigrantes. Além disso, Orbán classificou a atual gestão da UE como uma “coalizão a favor da guerra e da imigração”, demonstrando sua posição contrária às políticas europeias em relação ao tema.

As tensões entre Orbán e Scholz ficaram evidentes durante uma cúpula da UE em que o premiê alemão sugeriu que Orbán se retirasse da sala, o que possibilitou a aprovação de uma resolução sem o veto da Hungria. Esses episódios refletem o atual cenário de desconfiança e discordância entre os líderes europeus.


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo