Neri Geller ejetado da poltrona 24 horas antes de abertura de inquérito
Neri Geller, ministro do governo, foi removido de seu cargo na poltrona ministerial um dia antes da abertura de um inquérito pela Polícia Federal. Em um cenário onde Juscelino Filho se envolveu em emendas suspeitas, Lula optou por manter o ministro suspeito próximo ao cofre. No caso da investigação envolvendo o arroz, o presidente não quis aguardar o desenrolar do processo.
É como se o presidente Lula estivesse preso à síndrome do futuro incerto. Uma reportagem do UOL revelou que uma das empresas descredenciadas para importar arroz, uma locadora de carros, já havia realizado negócios de venda de sacas de milho para o governo petista da Bahia.
Na véspera da viagem em que circulou ao lado de Juscelino como se nada tivesse sido descoberto pela PF, Lula empossou Magda Chambriard, nova presidente da Petrobras, no Rio de Janeiro. Durante seu discurso, o presidente pareceu negar a realidade ao transportar-se para um universo de negação.
Durante a campanha de 2022, Lula foi confrontado sobre o escândalo do petrolão e mencionou não poder negar uma corrupção reconhecida por réus confessos. No entanto, ao posicionar sua sucessora na presidência da Petrobras, referiu-se à corrupção como uma “farsa” fabricada para desestabilizar e privatizar a empresa.
O escândalo do petrolão foi registrado no balanço da Petrobras em 2015, durante o governo de Dilma Rousseff. Na divulgação do balanço, o presidente da estatal na época pediu desculpas em nome dos funcionários, reconhecendo a vergonha e as perdas significativas decorrentes da corrupção e má administração.
Os auditores registraram um total de R$ 50,8 bilhões no passivo, sendo R$ 6,194 bilhões referentes a propinas e o restante a falhas administrativas. Lula e outras figuras do governo foram apontados como responsáveis por delírios megalomaníacos e interesses corruptos que resultaram em prejuízos para a estatal.
