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Palácio Guanabara: Uma Rua, Duas Horas de Atraso – A Hora de Transferir a Sede do Governo Estadual para um Prédio Comum







Artigo sobre o Palácio Guanabara


O desafio da manifestação em frente ao Palácio Guanabara

Palácio Guanabara, Laranjeiras
Foto Cleomir Tavares/ Diario do Rio

Tarde de quarta-feira, e nos grupos de WhatsApp – principalmente os do colégio do meu filho – começam a pipocar: tem manifestação de novo em frente ao Palácio Guanabara e mais uma vez a Rua Pinheiro Machado está fechada em um dos sentidos. Foram duas vezes no mês de junho, sempre com consequências desastrosas, sempre com milhares de trabalhadores levando três horas para chegar em casa, e no meu caso atraso de uma hora para buscar meu filho na escola – e outra hora para ir de Laranjeiras até Botafogo.

Bom, ficar parado na Pinheiro Machado não é novidade: todo dia, a qualquer hora, ficamos no Viaduto San Tiago Dantas nossos 15, 20 minutos de tartaruguismo, porque afinal de contas são três sinais de trânsito, dois deles para pedestres, um para sair da Coelho Neto. Então fica assim: a rua que é acesso e saída de um dos principais túneis de ligação entre Zona Norte e Zona Sul, túnel que tem fluxo diário de CEM MIL VEÍCULOS, tem como entraves sinais de pedestres meio desnecessários (bom, tem um ali que só quem trabalha no Palácio Guanabara precisa, e olhe lá) e o fato de ser palco constante de manifestações.

Do outro lado do Santa Bárbara, os engarrafamentos devidos a manifestações seriam reduzidos a zero. Pelo menos dois sinais seriam eliminados, acabando com os engarrafamentos diários, melhorando o escoamento da Praia de Botafogo e do próprio Catumbi, do outro lado. O tempo – essa commoditie tão subestimado – ficaria melhor para todos, tanto para quem pega ônibus quanto para quem está de carro particular, táxi ou Uber. Os motociclistas talvez até fizessem menos barbeiragens para ultrapassar os carros. Seria possível até mesmo uma obra na Pinheiro Machado para colocação de uma passarela subterrânea, unindo a Rua Paissandu ao novo Museu do Poder, onde ficariam em permanente exposição a arma de Getúlio Vargas, os óculos do Lacerda, e a cuia de chimarrão do Brizola.

Voltaríamos aos tempos da Rua Guanabara, quando ainda nem Túnel Santa Bárbara havia. Uma rua em que era possível ser feliz e até fazer uns piquetes em paz, sem atazanar a vida alheia com engarrafamentos. Esse seria um legado extraordinário para qualquer governador: se é para não termos mais a monarquia, então que se devolvam os palácios.

O trânsito agradece!


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