O legado vibrante de João Artacho Jurado: exposição no Itaú Cultural apresenta a ousadia e a inovação do arquiteto autodidata.
Mesmo sem formação formal em engenharia ou arquitetura, Artacho foi capaz de deixar sua marca na cidade com obras como o Cinderela, o Louvre, o Viadutos, o Bretagne e o Piauí. Criticado por seu rebuscamento e exagero, o arquiteto desafiou os padrões da época ao trazer uma arquitetura festiva e colorida para uma São Paulo ainda envolta em tons de cinza.
A exposição “Ocupação Artacho Jurado”, inaugurada no Itaú Cultural, em São Paulo, apresenta 130 peças que revelam o processo criativo e a ousadia do arquiteto. Maquetes, desenhos originais, fotografias e documentos mostram como Artacho conseguiu unir o industrial ao artesanal, trazendo uma nova identidade visual para os edifícios da cidade.
Além de ser um visionário na arquitetura, Artacho também se destacou por suas estratégias inovadoras no mercado imobiliário. Investindo em áreas comuns nos prédios, ele criou espaços de lazer e convivência que atraíam os clientes, promovendo um estilo de vida moderno e culturalmente rico.
A curadoria da exposição, feita por Guilherme Giufrida e Jéssica Varrichio, destaca a importância de Artacho Jurado na história da arquitetura paulistana. Sua visão ampliada do que uma cidade poderia ser, aliada ao seu talento para combinar formas e cores, tornaram seus edifícios verdadeiros marcos culturais na paisagem urbana de São Paulo.
Por meio da exposição, o público tem a oportunidade de conhecer de perto o legado deixado por João Artacho Jurado e compreender como sua inovação e ousadia influenciaram não apenas a arquitetura, mas também a forma como as pessoas vivem e interagem dentro dos espaços urbanos.