Quase um quarto das pessoas vivendo com HIV no mundo não recebem tratamento adequado, resultando em uma morte por minuto por causas relacionadas à aids.

De acordo com o relatório, as lideranças mundiais assumiram o compromisso de reduzir as novas infecções anuais para menos de 370 mil até 2025. No entanto, em 2023 foram registradas 1,3 milhão de novas infecções, um número mais de três vezes superior à meta estabelecida. Esse cenário é agravado pelos cortes nos recursos e pelo aumento da oposição aos direitos humanos, que colocam em risco o progresso já alcançado.
Para a diretora executiva do Unaids, Winnie Byanyima, ainda é possível alcançar a meta de eliminar a pandemia de aids como uma ameaça à saúde pública até 2030, desde que haja investimento adequado e proteção dos direitos humanos de todas as pessoas afetadas. A atuação das lideranças pode salvar milhões de vidas, evitar novas infecções por HIV e garantir qualidade de vida para todas as pessoas vivendo com o vírus.
A expansão do acesso ao tratamento do HIV contribuiu significativamente para a redução das mortes relacionadas à aids, que diminuíram de 1,3 milhão em 2010 para 630 mil em 2023. Entretanto, o mundo está fora da rota para atingir a meta de 2025 de reduzir as mortes para menos de 250 mil.
A Conferência Internacional sobre Aids, que acontece de 22 a 26 de julho, reúne 15 mil participantes para discutir a resposta à epidemia nos últimos 40 anos. Representantes do Ministério da Saúde estarão presentes para compartilhar as experiências brasileiras no combate ao HIV.