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Conselho de Ética da Alerj arquiva processo contra deputada Lucinha (PSD) suspeita de integrar milícia na zona oeste do Rio

Nesta quinta-feira (20), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu arquivar, por 4 votos a 2, o processo ético-disciplinar que poderia resultar na perda do mandato da deputada Lucinha (PSD). Os votos a favor do arquivamento foram dados pelos deputados Cláudio Caiado (PSD), Júlio Rocha (Agir), Renato Miranda (PL) e Vinícius Cozzolino (União), enquanto as deputadas Dani Monteiro (PSOL) e Martha Rocha (PDT) se posicionaram contrárias à decisão.

A deputada Lucinha e sua ex-assessora parlamentar foram denunciadas pelo procurador-geral de Justiça por suspeita de envolvimento com a milícia conhecida como Bonde do Zinho, Tropa do Z ou Família Braga. De acordo com as investigações, Lucinha e sua ex-assessora faziam parte do núcleo político da organização criminosa, liderada por Zinho, que atua na zona oeste do Rio de Janeiro.

As acusações incluem a interferência política das acusadas em favor dos criminosos, fornecendo informações privilegiadas sobre a agenda do prefeito do Rio e tentando manter vantagens para a milícia. Além disso, a deputada foi acusada de interferir junto às autoridades para liberar membros da organização criminosa que haviam sido presos em flagrante.

A denúncia também aponta que a deputada nomeou parentes de integrantes da milícia como assessores em seu gabinete, caracterizando um possível crime de constituição de milícia privada, segundo o Artigo 288-A do Código Penal.

O Conselho de Ética decidiu enviar o processo à Mesa Diretora da Alerj para uma possível decisão final em plenário, mantendo o princípio da transparência ao publicar o parecer do relator e os votos de cada deputado. Se a denúncia for aceita pelo Judiciário, as acusadas poderão enfrentar penas que variam de 5 a 10 anos de prisão, além da perda da função pública.

Esta decisão do Conselho de Ética da Alerj reflete a importância da ética e do decoro parlamentar, bem como a necessidade de investigações rigorosas para garantir a integridade do processo democrático e a transparência nas instituições públicas. A sociedade espera que os representantes eleitos ajam de acordo com os princípios éticos e legais, mantendo a confiança da população em suas ações políticas.

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