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Brasil tem chance espetacular de crescer com investimentos verdes e exportação de petróleo, aponta entrevistado em análise da conjuntura atual.






Análise da Conjuntura Política e Econômica Brasileira

Leia o trecho da entrevista. Na sequência, publico o corte do “Olha aqui”. Volto depois para arrematar.
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Seguindo esse arco histórico, temos o governo Michel Temer [2016-2018], de transição, e Jair Bolsonaro [2019-2022]. Agora, Lula 3. Como avalia a conjuntura atual?
O Lula foi eleito por uma margem muito pequena. Há muita crítica. Mas, a meu ver, está fazendo um negócio muito bom na área de transição energética. E tem uma popularidade internacional enorme. Mas, como no Brasil ele não está popular, e tem que governar com o Congresso, precisa cuidar para não perder o lustro, pois pode acabar sendo “jogado fora” [pelo Congresso].

Ainda mais num ambiente radicalizado como o que a gente está hoje, algo que nunca teve no Brasil. E a economia internacional, embora não esteja tão ruim, também não está boa.

Agora, o Brasil tem hoje uma chance espetacular de crescer com base em investimentos verdes, e tem uma outra possibilidade, que é crescer exportando petróleo. Os saldos comerciais têm sido grandes. Temos um déficit em conta corrente [nas transações com o mundo] de cerca de 1% do PIB, que conseguimos financiar com capital externo, se fizermos as coisas bem feitas.

Há muita crítica, mas creio que o Brasil vai recuperar o “investment grade” [grau de investimento, perdido em 2015]. E pode ser até no governo Lula. Porque o “investment grade” depende muito do risco de “default” (calote internacional), do balanço de pagamentos. O Lula ainda pode surpreender.

Mas o calcanhar de Aquiles continua sendo o fiscal, não?
Mais ou menos. Claro que as projeções não são boas, como não são em quase nenhum país do mundo. A Covid teve impacto profundo. Olha os Estados Unidos [com déficit primário de 5,5% em 2023]. O [Fernando] Haddad está fazendo um discurso que ninguém pode dizer que é o da Dilma.

E não se pode dizer que os juros estão onde estão por causa do fiscal. É por causa do choque da inflação pós-Covid. A resposta do Banco Central, independente, foi dada um ano antes dos Estados Unidos, e foi muito violenta. Mas funcionou.


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