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Mobilização popular freia propostas da extrema direita e aponta caminho para resistência democrática.





As mobilizações populares geram recuo da extrema direita

Recentes manifestações em várias capitais brasileiras resultaram no recuo de parlamentares que planejavam impor penas severas, de até 20 anos, para mulheres e crianças, inclusive por questões relacionadas ao aborto legal. Esses eventos apontaram um caminho para combater as propostas extremistas que vêm ganhando espaço no cenário político nacional.

O avanço de correntes de extrema direita no Brasil e no mundo é uma preocupação crescente e deve ser uma questão central para organizações e movimentos sociais, incluindo o movimento negro brasileiro. As medidas propostas pela extrema direita tendem a impactar de forma mais severa as populações negras, especialmente em casos de violência sexual.

Dados do IBGE indicam que mulheres negras são maioria nas estatísticas de violência de gênero. Além disso, levantamentos do Ministério da Saúde apontam que as mulheres negras representam 60% das vítimas de violência sexual em determinadas regiões do país, como no Norte.

A influência da extrema direita não se restringe apenas à população negra, afetando uma gama variada de estratos sociais vulneráveis. A defesa dos privilégios das classes dominantes é uma das marcas dos movimentos fascistas.

Diante desse cenário, é essencial uma união ampla dos movimentos sociais, como o movimento negro, de mulheres negras, LGBTQI+, mulheres e ambientalistas, para enfrentar o fortalecimento da extrema direita de forma unificada.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs uma estratégia internacional para combater o avanço dos movimentos extremistas, reunindo líderes democráticos em um encontro paralelo à Assembleia-Geral da ONU.

Lula ressaltou a importância da organização e preparação dos setores progressistas diante do novo período em que vivemos. A estabilidade e a democracia não podem coexistir com fome e desemprego.

Alianças para fortalecer as instituições democráticas e garantir a democracia são fundamentais, não apenas em anos eleitorais. A ameaça da extrema direita está sempre presente e exige constante vigilância dos defensores da democracia.

Essa coluna contou com a participação de Flavio Carrança, do Cojira


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