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A ascensão e queda do Comando Vermelho: Da Ilha Grande ao domínio das milícias no Rio de Janeiro




Artigo sobre a série “O Jogo que Mudou a História”


A série “O Jogo que Mudou a História” retrata o surgimento das facções criminosas no Rio de Janeiro

A série “O Jogo que Mudou a História”, disponível na Globoplay, mergulha nos primórdios das facções criminosas que dominam áreas da cidade do Rio de Janeiro. A trama se desenrola nas favelas fictícias de Padre Nosso, Parada Geral e Morro da Promessa, bem como no presídio de Ilha Grande.

O enredo da série é baseado em eventos reais que ocorreram na década de 1970. O complexo penitenciário Cândido Mendes, localizado em Ilha Grande, foi o berço de uma das maiores facções criminosas do país, o Comando Vermelho (CV). Esse grupo dominou diversas áreas do Rio ao longo dos anos e teve um papel crucial na história do sistema prisional brasileiro.

A série também aborda o contexto político e social da época, mostrando como a ditadura militar influenciou a dinâmica das facções e dos presídios. Presos políticos, como membros da ALN (Aliança Libertadora Nacional), dividiam espaço com criminosos comuns no presídio de Ilha Grande, criando uma atmosfera explosiva que resultou na formação de organizações criminosas dentro e fora da prisão.

Ao longo das décadas, o Comando Vermelho consolidou seu poder nos morros do Rio, mas seu domínio foi sendo questionado com o surgimento das milícias na primeira década dos anos 2000. Atualmente, os dados do Geni-UFF mostram que o CV controla 24,2% dos bairros cariocas, enquanto as milícias detêm 25,5% do território.

O presídio da Ilha Grande foi desativado e demolido em 1994, encerrando um capítulo importante da história do sistema prisional no Brasil. O acervo do Instituto Penal Cândido Mendes agora integra o Museu do Cárcere, gerido pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Em resumo, “O Jogo que Mudou a História” é uma série que não apenas entretém, mas também arremessa o espectador em uma viagem pela complexa teia do crime organizado e das instituições carcerárias brasileiras, mostrando como eventos do passado ainda ecoam no presente.

Por: Jornalista


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