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Ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro se sente humilhado por usar algemas nos pés em presídio federal

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, prestou depoimento virtual nesta sexta-feira (25) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da ação penal em que é réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Barbosa, que está preso há sete meses em um presídio federal em Mossoró (RN), se mostrou indignado com a forma como tem sido tratado, relatando ter sido humilhado por ter que usar algemas nos pés.

Durante seu depoimento, o ex-delegado afirmou que não tem contato com outros detentos e expressou sua angústia diante da situação em que se encontra. Ele também compartilhou detalhes sobre os momentos que antecederam sua prisão, incluindo uma oração realizada com sua família. Barbosa destacou a falta de sensibilidade por parte dos policiais federais durante a abordagem a sua esposa, Érica Andrade, acusada de envolvimento na lavagem de dinheiro relacionada ao caso.

Rivaldo Barbosa negou qualquer relação com o ex-policial Ronnie Lessa e os irmãos Brazão, apontados como os mandantes do crime. Lessa é considerado o principal delator da investigação e confessou ter disparado contra a vereadora. Além de Barbosa, os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira também respondem pelo assassinato de Marielle.

A investigação conduzida pela Polícia Federal aponta que o crime está ligado aos interesses políticos do grupo liderado pelos irmãos Brazão, envolvido em questões fundiárias controladas por milícias no Rio de Janeiro. Os investigadores alegam que Rivaldo Barbosa teria sido o responsável por planejar meticulosamente o assassinato e obstaculizar as investigações iniciais do caso.

Todos os acusados respondem por homicídio e organização criminosa e estão detidos por determinação do ministro Moraes. A complexidade do caso e as ramificações políticas e criminosas tornam a investigação um desafio para as autoridades responsáveis pelo deslinde deste intrincado enigma criminal que chocou a sociedade brasileira.

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