As investigações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes seguem com novos desdobramentos. A Procuradoria-Geral da República decidiu que o caso ficará na primeira instância e não será remetido ao Supremo Tribunal Federal. A PGR alega que as suspeitas envolvendo o casal fazem parte de um contexto mais amplo de crimes que não foram devidamente investigados pela Polícia do Rio de Janeiro, o que já é alvo de uma extensa investigação pelo Ministério Público estadual.
O ministro Alexandre de Moraes deferiu o pedido para que o caso seja remetido à Justiça estadual no Rio de Janeiro. As informações levantadas pela Polícia Federal serão adicionadas às investigações conduzidas pelo MP estadual.
Desde que as investigações da PF avançaram sobre o grupo suspeito, os envolvidos têm negado qualquer tipo de envolvimento nas irregularidades apontadas pelos investigadores.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, as investigações envolvem não apenas os homicídios mencionados na denúncia, mas também outros casos que não foram devidamente investigados devido aos vínculos associativos dos acusados com organizações criminosas locais.
trecho do pedido apresentado pela PGR
Irmãos Brazão e ex-delegado viram réus
A Primeira Turma do STF decidiu, por unanimidade, tornar réus cinco suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, ocorrido em 2018. Além dos irmãos Brazão e do delegado Rivaldo, a denúncia foi aceita contra o ex-policial militar Ronald Paulo de Alves, conhecido como Major Ronald, e Robson Calixto, ex-assessor de Chiquinho Brazão.