Governo do RS busca parceria com BNDES para reconstruir regiões afetadas por temporais e desastres climáticos, anunciou governador Eduardo Leite.
Durante um seminário realizado na sede do BNDES, Leite informou que a parceria visa analisar as regiões mais afetadas pelos eventos climáticos recentes e desenvolver sistemas de proteção e alerta mais robustos para o Rio Grande do Sul enfrentar a nova realidade climática. O governador não entrou em detalhes sobre o volume financeiro envolvido, mas destacou que as negociações estão em andamento.
Leite explicou que estava a caminho do aeroporto para participar do evento, quando decidiu retornar ao Rio Grande do Sul devido à possibilidade de novas tempestades e deslizamentos na região de Caxias do Sul. Ele ressaltou que a calamidade de maio se configurou como o maior desastre climático do Brasil em termos de extensão territorial e impacto econômico, afetando a produção agropecuária, a indústria, o setor de serviços e a logística.
Durante o evento no BNDES, especialistas brasileiros e estrangeiros discutiram estratégias de prevenção e reconstrução de regiões atingidas por desastres climáticos. O arquiteto chinês Kongjian Yu apresentou o conceito de cidades-esponja, projetadas para absorver grandes quantidades de chuva e evitar inundações.
Além disso, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância de envolver estudantes no aprendizado sobre prevenção de desastres naturais e defendeu o papel do Estado na reconstrução de regiões afetadas. Mercadante ressaltou a necessidade de investir em ações de sustentabilidade para combater as mudanças climáticas e mencionou os esforços do banco para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul.
Diante do cenário de tragédias climáticas recorrentes no país, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, alertou sobre a importância de os estados criarem planos de resposta às mudanças climáticas e se prepararem para enfrentar desafios como secas prolongadas e incêndios florestais.
Com essas iniciativas e parcerias, o Rio Grande do Sul busca se tornar uma referência positiva na reconstrução após desastres ambientais, visando o crescimento econômico e a proteção da população diante dos desafios climáticos.
