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Ataques russos se aproximam de bastião ucraniano em Donbass, enquanto cortes de eletricidade são anunciados para conter danos causados pelos bombardeios.







Reportagem

O religioso explica que os combates estão acontecendo a apenas 24 quilômetros de distância de Kramatorsk, um dos bastiões ucranianos do Donbass que ainda não foi tomado pelos russos. “O front de guerra está avançando muito lentamente e sem grandes avanços. Isso é um pouco reconfortante”, pondera Povenko.

Diante de sua igreja, as crianças brincam em um trampolim normalmente, apesar dos alertas aéreos que soam várias vezes ao dia. Em um parque nos arredores, moradores passeiam em ruas relativamente vazias, onde é possível ver alguns abrigos instalados para que a população se proteja em caso de um ataque.

“Não paro de pensar que uma bomba pode cair e acabar com tudo”, desabafa Svitlana, uma aposentada que, após ter se refugiado por alguns meses na Alemanha no início da guerra, retornou à sua cidade natal, onde vive seu neto. “Ainda não consigo me adaptar”, diz ela. “Além disso, o front está realmente muito perto”, insiste.

A aposentada tenta manter a esperança, mas não consegue esconder o pessimismo. “Não sei se as coisas voltarão a ser como eram. Eu realmente gostaria que meus filhos e netos tivessem um futuro”, diz, antes de confessar que não descarta se refugiar novamente na Alemanha.

Cortes de eletricidade

Enquanto isso, a Ucrânia também tenta se adaptar diante dos estragos provocados pelos ataques de Moscou em suas infraestruturas. As autoridades vão instaurar cortes parciais de eletricidade em todo o país a partir desta quarta-feira (19), para aliviar a rede elétrica gravemente danificada pelos bombardeios russos.


As forças de Moscou intensificam os ataques na região para “levar as tropas ucranianas à exaustão” antes da chegada da ajuda ocidental, de acordo com o chefe do Exército, Oleksandre Syrsky.

Os relatos vindos de Kramatorsk, na Ucrânia, revelam um cenário de tensão e insegurança. O religioso local, Povenko, destaca que os combates ocorrem muito próximos à região, com apenas 24 quilômetros de distância. Mesmo com o avanço lento no front de guerra, a população vive sob constante alerta de ataques.

Apesar dos riscos iminentes, a vida na cidade continua em meio ao caos. Crianças brincam em um trampolim, enquanto os alertas aéreos ecoam diversas vezes ao dia. Os moradores, por sua vez, passeiam pelos arredores, observando os abrigos montados para garantir a proteção da população em caso de emergência.

Entre os habitantes, Svitlana, uma aposentada, expressa sua preocupação e medo. Após ter passado um tempo na Alemanha, retornou à sua cidade natal, onde vive com seu neto. A incerteza do futuro e a proximidade do front de batalha a deixam em estado de alerta constante.

Enquanto as batalhas continuam a acontecer na região, as autoridades ucranianas precisam lidar com os estragos provocados pelos ataques russos. Os cortes de eletricidade serão uma medida adotada para tentar aliviar os danos causados à rede elétrica do país.

Em meio a toda a turbulência, a população de Kramatorsk busca manter a esperança de dias melhores, mesmo diante do cenário sombrio. A ameaça iminente paira sobre a cidade, mas os moradores resistem e lutam para preservar suas vidas e seu lar.

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