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Repórter do Caso Escola Base se torna amigo de vítimas após polêmico documentário da Globoplay.





Como jornalista, tive a oportunidade de testemunhar contra o delegado e os policiais envolvidos na conturbada investigação do caso da Escola Base, que resultou em processos contra o governo do Estado de São Paulo.

Após uma longa batalha judicial, as vítimas finalmente obtiveram a justiça e as devidas indenizações, com exceção de Paula Millin, uma das proprietárias da escola, que ainda aguarda na fila dos precatórios.

O documentário “Escola Base – Um Repórter Enfrenta o Passado”, produzido pela Globoplay, revela detalhes sobre meu depoimento como testemunha, minhas sinceras desculpas às vítimas, além de expor as falhas cometidas pela polícia, pelo sistema judiciário e pela imprensa durante o caso.

Alguns colegas de profissão criticaram o documentário, rotulando-o como uma “autoexpiação chorosa”. Respeito essas opiniões, porém, é importante ressaltar que o objetivo principal era analisar as falhas cometidas na apuração do caso, buscando enfatizar a necessidade de aprendizado e evolução no jornalismo.

Um dos resultados mais significativos desse processo foi a amizade que construí com Ricardo Shimada, filho de um dos casais injustamente acusados, e com Paula Millin. Essa relação, inesperada nos bastidores, permanece forte até os dias atuais.

É inegável que o caso trágico da Escola Base deixou marcas profundas nas vítimas e na sociedade como um todo. Embora não tenha o poder de alterar o passado, comprometo-me a contribuir da melhor forma possível para que meus colegas de profissão e as futuras gerações de jornalistas possam aprender com os erros ocorridos. Dessa forma, assumo com orgulho a responsabilidade de ser o repórter ligado ao emblemático caso Escola Base.


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