Renúncias fiscais e benefícios financeiros concedidos pelo governo federal atingem R$ 646 bilhões em 2023, preocupa presidente Lula.

Em uma reunião realizada nesta segunda-feira (17) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Tebet e Haddad apresentaram dados alarmantes sobre a situação financeira do país. De acordo com a ministra, Lula ficou “extremamente mal impressionado” com a escalada no volume de subsídios e benefícios concedidos pelo governo.
A preocupação com os gastos excessivos levou a equipe econômica a discutir a elaboração do Orçamento Geral da União para o ano de 2025. A proposta, que deve ser enviada ao Congresso até 30 de agosto, incluirá um plano de corte de gastos para mitigar os impactos negativos das renúncias fiscais.
Durante o encontro, também foi destacada a importância da revisão de cadastros dos programas federais como uma medida para liberar espaço orçamentário para despesas prioritárias. A experiência recente de saneamento dos cadastros para o recebimento do Auxílio Reconstrução no Rio Grande do Sul foi citada como exemplo de eficiência na gestão dos recursos públicos.
Outro aspecto abordado na reunião foi a redução da carga tributária no país em 2023, que surpreendeu o presidente Lula. A queda de mais de 0,6% do PIB foi considerada significativa, principalmente devido à revogação da isenção de tributos sobre os combustíveis e à restrição dos incentivos fiscais concedidos por governos estaduais.
Diante desse cenário desafiador, o governo busca alternativas para conter os gastos excessivos e garantir a sustentabilidade das contas públicas. A expectativa é que as medidas adotadas resultem em uma economia mais eficiente e equilibrada para o país.