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Presidente do CFM afirma limites para “autonomia da mulher” em debate no Senado sobre assistolia fetal após resolução polêmica.







Presidente do CFM afirma que há limites para autonomia da mulher em procedimento de assistolia fetal

Presidente do CFM afirma que há limites para autonomia da mulher em procedimento de assistolia fetal

O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), José Hiran Gallo, afirmou durante sessão de debates no plenário do Senado sobre o procedimento de assistolia fetal que há limites para a “autonomia da mulher”.

Em suas declarações, Gallo questionou a prática da assistolia fetal em gestação acima de 22 semanas, levantando a questão de benefícios e malefícios. Ele ressaltou que o direito à autonomia da mulher deve ser analisado considerando o dever constitucional de proteger a vida, mesmo de um ser humano formado com 22 semanas.

O presidente do CFM também defendeu a legitimidade do conselho, que aprovou uma resolução proibindo a assistolia fetal e estabelecendo critérios éticos e técnicos para o trabalho dos médicos brasileiros. Ele destacou que o CFM não tem ingerência sobre o processo do aborto legal, e que a resolução não pode ser utilizada como desculpa para lacunas no atendimento médico.

O debate foi organizado a pedido do senador Eduardo Girão para discutir a assistolia fetal, procedimento recomendado pela OMS para interrupção da gestação acima de 20 semanas.

A assistolia fetal ganhou destaque após uma resolução do CFM proibindo o procedimento em grávidas com mais de 22 semanas, mesmo em casos de estupro. A resolução foi suspensa pelo STF e um projeto de lei sobre o assunto ganhou força na Câmara dos Deputados.

Durante a sessão, Nyedja Gennari encenou um feto pedindo para não ser abortado, em uma cena emocionante. A TV Senado chegou a barrar a transmissão de um vídeo devido à classificação indicativa.

O presidente do CFM reiterou que a resolução do conselho está embasada em critérios éticos e bioéticos, ressaltando que um feto com mais de 22 semanas tem viabilidade de vida fora do útero e que a assistolia fetal é um ato doloroso e desumano.

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