Maestro Fernando Rêgo: uma vida dedicada à música

No dia 21 de setembro, dia do aniversário de Petrolina (PE), um ritual se repetia na vida do maestro Fernando Rêgo. Ele acordava cedo para ver a Philarmônica 21 de Setembro passar, os músicos parando em sua porta para prestar homenagens a quem um dia foi seu regente.

Rêgo teve uma longa trajetória na música. Iniciou na banda aos 14 anos e foi maestro entre 1997 e 2011, continuando a participar ativamente até se aposentar em 2015. Dois anos depois, em 2017, a saudade o fez retornar ao mundo da música.

Além da banda, Fernando Rêgo também teve uma orquestra de frevo e um grupo de seresta. Sua influência foi sentida não apenas na Philarmônica 21 de Setembro, mas também em outras formações musicais que criou ao longo de sua carreira.

O maestro tinha um gosto particular pelas orquestras de baile, inserindo canções populares nos repertórios das apresentações. Seu legado na região foi significativo, sendo pioneiro na formação de novos profissionais da música.

Fernando José Rêgo nasceu em 1941 em uma família de músicos. Seu envolvimento com a música começou desde cedo, acompanhando os ensaios da Philarmônica 21 de Setembro com seu pai, que também fazia parte da banda.

Apesar das dificuldades enfrentadas na juventude, Rêgo nunca abandonou a música. Trabalhou desde cedo para ajudar em casa, mas sempre manteve viva a paixão pela arte. Além de músico, também se formou em história.

O maestro foi casado por 47 anos com Maria do Socorro, com quem teve cinco filhos. Após 15 anos de viuvez, ele deixou um legado musical para cada um de seus herdeiros, com composições dedicadas a cada um.

O falecimento de Fernando Rêgo, aos 82 anos, ocorreu em 16 de maio, na mesma cidade em que nasceu. Deixa um legado de músicos formados e uma família que seguiu seus passos na arte da música.

O velório do maestro foi marcado por homenagens da Philarmônica 21 de Setembro e da Banda da Polícia Militar da Bahia. Seu filho Alan prestou uma comovente homenagem, tocando a canção “Amigos Para Sempre” no saxofone.

Uma vida dedicada à música e ao ensino, Fernando Rêgo deixa um legado eterno para a história da música em Petrolina e região.