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Ministro do STF determina monitoramento de comunicações do réu confesso do assassinato de Marielle Franco durante visita na prisão.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), surpreendeu ao determinar que a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo monitore todas as comunicações, verbais ou escritas, do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018, no centro do Rio de Janeiro. Lessa está atualmente detido desde 2019 e agora enfrentará um maior nível de vigilância com a autorização para sua transferência do presídio federal em Campo Grande para a penitenciária de Tremembé, em São Paulo.

A decisão de Moraes reflete a seriedade e complexidade do caso, que ainda aguarda por desdobramentos e respostas. A transferência, organizada em uma operação envolta em sigilo, visa a garantir que Lessa seja monitorado de perto, inclusive durante visitas de familiares e atendimento advocatício. Essa medida, no entanto, pode gerar controvérsias, especialmente entre órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que constantemente levantam questões sobre possíveis violações do sigilo entre advogado e cliente.

No entanto, Moraes defende que a legislação atual permite tal monitoramento, ressaltando as peculiaridades do caso em questão como justificativa. O relator do inquérito sobre o assassinato de Marielle no Supremo tem conduzido o caso com rigor e determinação, mantendo-se firme em suas decisões para garantir a integridade e a justiça no processo.

Ronnie Lessa, como delator do caso, implicou os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão como mandantes do crime. Suas revelações contribuíram significativamente para a elucidação do caso, levando a acusações contra importantes figuras políticas do Rio de Janeiro. A decisão de transferi-lo para uma outra penitenciária atende a benefícios que lhe foram concedidos devido à sua colaboração com as autoridades.

Em um cenário repleto de reviravoltas e tensões, a justiça segue seu curso e o desfecho do caso Marielle continua a mobilizar a sociedade e as instituições envolvidas. A atuação de Alexandre de Moraes reforça a importância do rigor e da transparência nas investigações de crimes tão emblemáticos como esse.

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