O Compromisso Fiscal do Governo Lula

O ministro Alexandre Padilha, responsável pelas Relações Institucionais, enfatizou em coletiva nesta segunda-feira (17) o compromisso do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), com o arcabouço fiscal e a eliminação do que chamou de “gastança” deixada pela gestão anterior de Jair Bolsonaro, do Partido Liberal (PL).

Nesse contexto, o mercado vinha pressionando o governo por cortes de gastos diante da crescente desconfiança dos investidores em relação ao comprometimento de Lula com o equilíbrio das contas públicas.

Padilha ressaltou a postura de fechar as “torneiras” criadas pela administração anterior, destacando auxílios concedidos de forma irresponsável e a ocorrência de fraudes. O objetivo é acabar com as despesas excessivas e buscar a efetividade nos investimentos, aspectos considerados prioritários no atual governo.

Embora haja um discurso de austeridade fiscal, o governo Bolsonaro acelerou os gastos públicos no seu último ano de mandato, criando auxílios e benefícios sociais em busca da reeleição. Além disso, postergou o pagamento de precatórios com apoio do Congresso, o que criou desafios para o sucessor.

Em meio a esse cenário, Padilha assegurou que não há planos de alterar o arcabouço fiscal vigente. O compromisso é manter as metas estabelecidas e combinar responsabilidade social com fiscal. Ele ainda mencionou uma reunião com líderes do Congresso e o ministro Fernando Haddad, seguida pela participação do presidente Lula em uma reunião da Junta de Execução Orçamentária, evidenciando a atenção do governo aos rumos econômicos do país.

O receio de mudanças nas regras fiscais para acomodar despesas obrigatórias ganhou destaque após encontros de Haddad com instituições financeiras, o que gerou especulações e impactos no mercado financeiro. A manutenção do compromisso fiscal é essencial para preservar a estabilidade econômica e a confiança dos investidores no Brasil.