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Derretimento da banquisa no Ártico ameaça caça e sobrevivência dos habitantes locais nos próximos 50 anos.







Reportagem Sobre a Caça na Banquisa

Enquanto observa o horizonte ao lado do jovem caçador Martin Madsen, o vento vai acordando, assim como o mar. O gelo, mais fino na borda da banquisa, fica instável. O risco é se desprender. É hora de partir.

“Em agosto, toda a banquisa estará derretida, restará apenas o mar, um mar agitado”, o que complicará a caça de focas ou narvais (também submetidos a cotas), prossegue Hjelmer.

Quanto aos ursos polares, ele se pergunta como vão sobreviver, pois caçam na banquisa. Durante o verão, presos em terra firme e famintos, se aproximam do povoado. É provável que no futuro migrem mais para o norte, afirmam os cientistas.

“O que vai acontecer nos próximos 50 anos?”, pergunta-se Hjelmer. “A caça é fundamental para a nossa sobrevivência, precisamos dela para sobreviver, para comer, para levar dinheiro para casa. É importante para o povoado, para nosso futuro”, afirma.

– Sopa de urso-polar –

Como faz todas as manhãs, Martin Madsen, de 28 anos, observa o horizonte de sua janela. Em seguida, consulta as previsões meteorológicas no celular. Hoje faz muito sol e não há neblina. Condições ideais para caçar. Ele pega seus rifles e se dirige para a borda da banquisa.


Nas terras geladas do Ártico, o jovem caçador Martin Madsen enfrenta desafios diários em busca de alimento para sua comunidade. Ao lado de seu mentor, o vento e o mar despertam, indicando que o gelo frágil da banquisa está prestes a se romper, tornando a caça ainda mais perigosa. Conforme as estações mudam, Madsen enfrenta o dilema do derretimento da banquisa, que afeta diretamente a sua forma de vida e de subsistência.

Com a previsão de que em agosto a banquisa estará completamente derretida, transformando-se em um mar agitado, a caça de focas e narvais se tornará ainda mais difícil. Além disso, a preocupação com os ursos polares, que dependem do gelo para caçar, é constante. Com a mudança climática, os animais são forçados a se aventurar em terra firme durante o verão, o que coloca em risco tanto eles quanto a população local.

Diante desses desafios, Martin Madsen reflete sobre o futuro incerto da sua comunidade e da caça que é tão vital para a sobrevivência de todos. A incerteza de como será a vida nos próximos 50 anos paira no ar, mas a necessidade de caçar para garantir alimentação e sustento não pode ser ignorada. A caça, segundo Madsen, é um pilar fundamental para o povoado e para as gerações futuras.

Como parte de sua rotina diária, Madsen observa o horizonte, checa as condições climáticas e parte para a borda da banquisa armado com seus rifles. Em um cenário cada vez mais incerto, a coragem e a determinação dos caçadores do Ártico são essenciais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a sobrevivência de suas comunidades.

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