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Publisher e futuro editor do The Washington Post acusados de uso fraudulento de registros telefônicos e empresariais em reportagens em Londres.




Reportagem – Escândalo de Fraude no The Washington Post

Escândalo de Fraude no The Washington Post

O jornal The Washington Post está envolvido em um escândalo após denúncias de que o publisher e o futuro editor do jornal teriam usado registros telefônicos e de empresas obtidos de modo fraudulento em reportagens enquanto atuavam como jornalistas em Londres. As acusações foram feitas por um ex-subordinado do publisher e por um investigador particular.

Segundo as informações divulgadas, Will Lewis, publisher do Washington Post, teria delegado a produção de um desses textos a um repórter em 2004, quando era editor de negócios do Sunday Times. O outro texto suspeito foi escrito por Robert Winnett, anunciado recentemente como o próximo editor executivo do Post, em 2002.

Práticas de trapaça, hackeamentos e fraudes têm sido recorrentes na imprensa britânica, e essas recentes acusações levantam questões éticas e legais no jornalismo. O Sunday Times, onde os dois jornalistas estavam envolvidos anteriormente, admitiu explicitamente pagar ao detetive para obter material clandestinamente, o que vai contra os códigos de ética do Washington Post e da maioria das organizações de notícias americanas.

Além disso, uma revisão da carreira de Will Lewis trouxe à tona novas questões sobre pagamentos feitos a fontes durante sua gestão em outro jornal britânico. Pagar por informações é proibido na maioria das redações americanas, mostrando a disparidade entre as práticas jornalísticas nos dois países.

Furo de Reportagem de Robert Winnett

Um dos textos questionados é o furo de reportagem de Robert Winnett em 2002 sobre o relançamento do carro de luxo alemão Maybach. O artigo revelou compradores proeminentes do veículo e foi baseado em informações obtidas de forma duvidosa por um detetive particular que trabalhava para o Sunday Times.

Essas revelações colocam em xeque a conduta ética e profissional dos profissionais envolvidos, além de levantarem a discussão sobre a linha tênue entre a busca pela notícia e os meios utilizados para obtê-la.

Até o momento, o Washington Post não se pronunciou publicamente sobre as acusações, mas espera-se que medidas sejam tomadas para esclarecer a situação e preservar a integridade jornalística do veículo.


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