Aumento de casos de coqueluche preocupa na União Europeia e na China, enquanto Brasil busca manter controle da doença.

Na China, o Centro de Prevenção e Controle de Doenças informou que em 2024 foram registrados 32.380 casos e 13 óbitos por coqueluche até fevereiro. Já na Bolívia, houve um surto significativo com 693 casos confirmados de janeiro a agosto de 2023, resultando em oito mortes, a maioria em crianças menores de 5 anos.
No Brasil, o país enfrentou um pico epidêmico de coqueluche em 2014, com 8.614 casos confirmados. Entre 2015 e 2019, os números variaram de 3.110 a 1.562 casos. A partir de 2020, houve uma redução de casos, em parte devido à pandemia de covid-19 e às medidas de isolamento social.
No entanto, em 2023, todas as 27 unidades federativas do Brasil notificaram casos de coqueluche, com Pernambuco liderando o ranking com 776 casos confirmados. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia também registraram números significativos. Além disso, 12 mortes foram registradas, com a maioria ocorrendo em 2019.
Diante do aumento de casos, o Ministério da Saúde brasileiro enfatiza a importância da vacinação como principal medida de prevenção contra a coqueluche. O esquema vacinal inclui doses para crianças menores de 1 ano, com reforços aos 15 meses e 4 anos, gestantes, puérperas e profissionais da saúde.
Com os recentes surtos, o ministério emitiu uma nota técnica recomendando a ampliação da vacinação no país. Trabalhadores da saúde que atuam em diversos setores, como ginecologia, obstetrícia, UTIs, pediatria e berçários, estão sendo incluídos na campanha de imunização.
É fundamental conscientizar a população sobre a gravidade da coqueluche e a importância da vacinação, especialmente em tempos de pandemia, para evitar surtos e proteger a saúde de crianças e adultos.