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Projeto que restringe debate sobre aborto em casos de estupro gera protestos em todo o Brasil e polêmica nas redes sociais.

Protestos no Brasil após aprovação de projeto de lei polêmico

Na última quinta-feira, os protestos tomaram conta das maiores cidades do Brasil em reação à aprovação da urgência de um projeto de lei que restringe o debate sobre a proposta. A medida provocou indignação e críticas, principalmente pelo fato de que as vítimas de estupro que buscam realizar o aborto poderiam enfrentar penas mais duras do que os próprios estupradores.

O autor do projeto, o deputado Sostenes Cavalcante (PL-RJ), que é pastor evangélico e membro do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrentou duras críticas e prometeu propor penas mais severas para o estupro, que atualmente prevê um máximo de 10 anos de prisão.

A repercussão nas redes sociais foi intensa e pode impactar no andamento do projeto de lei. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não pretende colocar a proposta em votação tão cedo e espera que o texto seja alterado, de acordo com fontes de seu gabinete.

No Senado, a aprovação do projeto é ainda mais incerta, uma vez que os senadores de direita têm menos influência. O presidente da casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o projeto deve passar por debates em comissões antes de ir a votação.

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, também se manifestou contra o projeto nas redes sociais, enfatizando que o Congresso deveria trabalhar para garantir o acesso ao aborto legal e seguro pelo SUS.

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