Pesquisa revela pulverização do mercado de influenciadores digitais e sua influência na construção de opiniões políticas entre jovens usuários.

No Brasil, a pesquisa contou com a participação de 100 entrevistados que puderam mencionar espontaneamente os influenciadores que seguem nas plataformas. Ao todo, foram citados 701 influenciadores, sendo que a maioria deles, 72,6%, foi mencionada apenas uma vez. A cientista política Camila Rocha, responsável pela apresentação dos dados, ressaltou que esse fenômeno de pulverização também ocorre em outros países da América Latina.
Além do Brasil, a pesquisa foi realizada em mais quatro países, envolvendo 350 participantes de 16 a 24 anos. Os participantes mencionaram os influenciadores mais populares, liderados por nomes como Virgínia Fonseca e Carlinhos Maia. A pesquisa também abordou a expansão do mercado de influenciadores digitais, estimando que até 2027 movimentará US$ 480 bilhões.
Outro ponto destacado na pesquisa foi a relação dos jovens com a política nas redes sociais. Mais da metade dos entrevistados afirmaram seguir influenciadores que se posicionam politicamente, porém, 40% preferem discutir política pessoalmente. O estudo também revelou que os conteúdos políticos são mais bem recebidos quando surgem naturalmente em meio a outros assuntos.
Além disso, foi divulgado outro estudo durante o festival, realizado pelo centro de pesquisas Aláfia Lab, que monitorou manifestações de racismo direcionadas a personalidades negras nas redes sociais. Foram identificadas quatro estratégias discursivas adotadas pelos agressores para ofender e desqualificar as pessoas negras.
Essas pesquisas realizadas durante o Festival 3i proporcionaram uma visão mais ampla sobre o cenário dos influenciadores digitais, a relação entre eles e suas audiências e a forma como temas como política e racismo são abordados nas redes sociais. Os resultados completos serão divulgados posteriormente, trazendo mais insights sobre essas questões cada vez mais presentes em nosso cotidiano digital.