Manifestantes se reuniram na avenida Paulista para protestar contra o PL Antiaborto por Estupro

Por: Jornalista X

No último sábado (15), manifestantes se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, para protestar contra o PL Antiaborto por Estupro. O texto do projeto foi apelidado pelos participantes do ato como “PL da gravidez infantil”. Coletivos feministas, movimentos sociais e a Frente Estadual para Legalização do Aborto convocaram o protesto, que começou às 15h em frente ao Masp.

Maria das Neves, integrante da União Brasileira de Mulheres, foi uma das vozes no protesto e declarou: “Queremos o arquivamento desse projeto nefasto. É um retrocesso civilizatório, usam nossos corpos como moeda de troca e avançam com a política do estupro. Mas as mulheres brasileiras vão colocar para correr esse PL”.

Os manifestantes direcionaram seus gritos de guerra para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que aprovou a urgência do projeto em uma votação-relâmpago. O coro de “Fora, Lira” e “criança não é mãe e estuprador não é pai” ecoou pela avenida Paulista.

Juliana Bruce, grávida de 18 semanas, destacou a importância do movimento para defender não apenas as crianças, mas também as mulheres adultas. Ana Paula Cutolo Cortez, gestora ambiental, levou seus filhos para o protesto como forma de levantar a voz contra o silêncio que favorece os opressores.

Luka Franca, do Movimento Negro Unificado, ressaltou que ninguém deseja que uma criança seja obrigada a parir fruto de extrema violência. O psicanalista Ivan Martins, pai de uma menina, enfatizou a necessidade de defender os direitos básicos e civilizatórios da família.

Além disso, a deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e o deputado estadual Carlos Gianazzi (PSOL) estiveram presentes na manifestação, que seguia em direção à praça Roosevelt, no centro da cidade.