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Estátua do Cristo Redentor se transforma em aia como protesto contra projeto antiaborto por estupro no Brasil.




Artigo sobre Projeto de Lei Antiaborto por Estupro

O Cristo Redentor como Aia: um protesto visual contra o PL Antiaborto por Estupro

Recentemente, após a aprovação da urgência do projeto de lei 1.904, conhecido como PL Antiaborto por Estupro, que equipara a pena de aborto à de homicídio em casos de estupro após 22 semanas de gestação, uma ilustração do Cristo Redentor vestido como uma aia gerou grande repercussão nas redes sociais.

O desenho, criado pelo ilustrador Cristiano Siqueira, viralizou nas redes sociais, alcançando mais de 45 mil curtidas no Instagram e 500 mil visualizações no Twitter. Nessa ilustração, o Cristo Redentor aparece vestindo uma túnica vermelha e um chapéu branco, fazendo referência à obra “O Conto da Aia”, da autora Margaret Atwood, que retrata uma sociedade distópica e misógina.

O paralelo entre a realidade brasileira e a ficção de Atwood é perturbador. O PL Antiaborto por Estupro, proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante, do PL do Rio de Janeiro, busca alterar o Código Penal de 1940, limitando as exceções de punibilidade nos casos de aborto.

Se aprovado, mulheres que realizarem abortos após as 22 semanas de gestação em casos de estupro poderão ser punidas com pena de homicídio simples, que varia de seis a 20 anos de prisão, equiparando-as a homicidas.

Essa proposta tem gerado preocupação, especialmente em relação às meninas, que muitas vezes demoram a perceber a gestação em casos de estupro. Além disso, especialistas ressaltam a gravidade de punir mulheres que já foram vítimas de violência com penas tão severas.

Essa visualização do Cristo Redentor como uma aia é um ato de protesto significativo, buscando chamar atenção para as consequências dessas medidas propostas. A semelhança com distopias como “O Conto da Aia” serve como um alerta sobre os retrocessos que podem ocorrer em relação aos direitos das mulheres.

Manifestações semelhantes já ocorreram em outros países, como nos Estados Unidos, durante o governo de Donald Trump, evidenciando a importância de resistir a retrocessos e lutar pela garantia dos direitos das mulheres.

Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade esteja atenta e engajada na defesa dos direitos reprodutivos e da dignidade das mulheres, promovendo debates e ações que visem garantir a igualdade e a justiça para todos.


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