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Descoberto na Austrália pterossauro “fantasma do mar” de 100 milhões de anos em estado completo de fossilização.





Descoberto pterossauro com crista óssea na Austrália

No estado australiano de Queensland, cientistas anunciaram a descoberta de fósseis de um formidável pterossauro que viveu há cerca de 100 milhões de anos durante o período Cretáceo. O Haliskia peterseni era um réptil voador com uma envergadura de 4,6 metros, ostentando uma crista óssea nas mandíbulas e dentes em forma de espinhos, ideal para capturar peixes e presas marinhas.

Este pterossauro, denominado de “fantasma do mar”, habitava os céus sobre o mar de Eromanga, que hoje corresponde ao árido interior da Austrália. Seus fósseis são os mais completos já encontrados no país, com 22% do esqueleto preservado, incluindo mandíbulas, dentes, ossos da garganta, vértebras, costelas, asas e parte de uma perna. Destaca-se a preservação dos ossos extremamente frágeis da garganta, surpreendendo os pesquisadores.

A descoberta do Haliskia é um marco na paleontologia australiana, sendo maior e mais antigo do que outro pterossauro, o Ferrodraco, cuja descoberta foi feita em 2019. Ambos pertencem ao grupo de pterossauros chamados Anhanguera, conhecidos por descobertas em diversos países.

A estudante de doutorado em paleontologia, Adele Pentland, afirmou que o mar de Eromanga, onde o Haliskia habitava, era um grande mar interno que cobria a região, desaparecendo junto com o pterossauro. A fossilização do corpo do pterossauro ocorreu devido ao seu sepultamento sob o sedimento no fundo do mar.

Os pterossauros foram os primeiros vertebrados a atingir a capacidade de voo, surgindo há aproximadamente 230 milhões de anos. No entanto, foram extintos no mesmo evento que condenou os dinossauros, provocado pelo impacto de um asteroide há 66 milhões de anos, encerrando assim a era dos pterossauros.


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