Lideranças de Alagoas unem esforços para enfrentar problemas causados pelo afundamento do solo em Maceió devido à extração de sal-gema.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou um encontro que reuniu o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e o prefeito da capital alagoana, João Henrique Caldas (PL), que aceitaram a proposta de trégua. O objetivo do encontro foi estabelecer uma governança da situação e encontrar medidas que atendam à população. Também participaram da reunião o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o senador Renan Calheiros, o ministro dos Transportes, Renan Filho, e parlamentares alagoanos.
Costa destacou que todos os presentes no encontro se comprometeram a deixar de lado disputas políticas e colocar o interesse da população em primeiro lugar. A cobrança por uma solução técnica imediata à empresa responsável pela área, a petroquímica Braskem, também foi feita.
A corresponsabilidade da estatal petrolífera Petrobras, segunda maior acionista da Braskem, atrás apenas do conglomerado Novonor, foi questionada, mas Costa enfatizou que a responsabilidade pelo afundamento do solo é da Braskem, que arcará com suas responsabilidades. Ele ressaltou que o problema não é necessariamente um problema federal, mas sim um problema que persiste há 47 anos.
As redes sociais também foram utilizadas para transmitir a urgência em resolver a situação, com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, enfatizando a necessidade de unir esforços para punir os responsáveis por esse crime.
O episódio serve de alerta para a necessidade de cuidados técnicos na concessão de licenças para exploração de minas de sal embaixo de cidades. O ministro ponderou que é importante que a situação sirva de lição para que no futuro outras licenças não sejam concedidas sem os devidos cuidados. A responsabilidade das empresas e a necessidade de punição foram destacadas como medidas essenciais para a solução do problema.