Agência BrasilDestaque

Lojas de pet shop em Porto Alegre são indiciadas por mortes de mais de 170 animais durante enchente

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu as investigações sobre as mortes de mais de 170 animais em lojas de pet shop de Porto Alegre durante as enchentes provocadas pelo estado de calamidade pública em maio. Nove funcionários e quatro pessoas jurídicas foram indiciados em três inquéritos policiais conduzidos pela Delegacia de Polícia de Proteção e Defesa do Meio Ambiente e dos Animais (Dema).

As mortes dos animais expostos para venda ocorreram em estabelecimentos localizados na Avenida Júlio de Castilhos, Avenida Brasil e no Praia de Belas Shopping. As investigações tiveram início após denúncias de protetores de animais sobre maus-tratos e abandono.

Durante a entrevista coletiva, a diretora do Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegada Vanessa Pitrez, destacou que as diligências e coleta de provas resultaram nos indiciamentos com base na Lei de Crimes Ambientais, que pune maus-tratos e sofrimento a animais. O inquérito referente à loja Bicharada, do Centro de Porto Alegre, levou ao indiciamento de dois funcionários e do responsável pelo CNPJ da empresa.

Já a loja Cobasi, com unidades no Praia de Belas Shopping e no bairro São Geraldo, teve cinco gerentes indiciados, além das pessoas jurídicas responsáveis. As penas previstas para esses crimes vão de três meses a um ano de detenção, com multa, podendo ser agravadas em casos de morte dos animais em situações de enchentes.

As assessorias de imprensa das empresas envolvidas se manifestaram, negando as acusações e apontando falhas na condução da investigação. A Cobasi divulgou um vídeo mostrando os danos materiais causados pela enchente e expressou indignação com os indiciamentos. Por sua vez, a empresa Bicharada afirmou estar colaborando com as investigações e repudiou a forma como a situação foi divulgada pela mídia.

Os representantes legais das lojas indiciadas defendem que os fatos serão esclarecidos ao longo do processo, e que a inocência de seus clientes será comprovada. O desfecho desses casos ainda aguarda os trâmites legais e a decisão judicial final sobre as responsabilidades pelas mortes dos animais durante a enchente em Porto Alegre.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo