
Argentina acusa ex-dirigentes iranianos pelo atentado a bomba
A Argentina acusou ex-dirigentes iranianos pelo atentado, mas nunca conseguiu colocá-los no banco dos réus. As autoridades argentinas suspeitam que havia uma poderosa conexão local, mas não conseguiram identificá-la.
Em abril de 2024, a Justiça argentina determinou que os atentados à embaixada de Israel e à Amia foram ordenados pelo Irã e, dias depois, o governo pediu a prisão internacional do atual ministro do Interior do país do Oriente Médio, Ahmad Vahidi, um dos acusados pelo ataque, ordem que foi classificada como “ilegal” por Teerã.
– “Encobrimento” –
A Corte Interamericana alegou ainda que ocorreram “irregularidades” por parte do Estado no processo judicial inicial.
“Foi provado que agentes estatais (…) atuaram de forma articulada com o propósito de construir uma hipótese acusatória sem fundamento fático, o que favoreceu o encobrimento dos verdadeiros responsáveis”, acrescentou.
O Ministério Público iniciou em 2015 uma investigação para revisar o processo inicial e apontou, quatro anos depois, o “encobrimento” por parte de funcionários judiciais e de governo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99), que receberam penas leves. O procedimento, no entanto, não conseguiu determinar a razão do ocultamento.