Fator amazônico impacta políticas públicas educacionais na região, aponta audiência na Câmara dos Deputados
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14/06/2024 – 11:00
Roberto Jayme/TSE
Muitas crianças vão para a escola de barco na região Amazônica
A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados promove na próxima terça-feira (18) audiência pública sobre os impactos do “fator amazônico’ em políticas públicas educacionais.
Fator amazônico é o termo utilizado para se referir aos custos adicionais de logística e transporte que empresas e governos precisam arcar para realizar ações na região Amazônica.
O debate foi proposto pela deputada Professora Goreth (PDT-AP) e será realizado a partir das 10 horas. O local da reunião ainda não foi definido.
Dificuldade de acesso
Professora Goreth afirma que a complexidade da vasta extensão territorial da Amazônia dificulta o acesso, por grandes áreas de floresta, rios e estradas precárias. Essa dificuldade afeta diretamente os preços e a qualidade dos serviços na região.
A deputada cita como exemplo a merenda nas escolas localizadas em regiões ribeirinhas. “A merenda escolar, que possui importância crucial, chega a tais comunidades por meio de balsas empurradas, por barco a motor ou por pequenos aviões”, afirma. “Com isso, a distribuição da merenda envolve planejamento de logística e movimenta um número significativo de pessoas e recursos, não planejados inicialmente a elaboração da política pública.”
Professora Goreth lista ainda outras dificuldades enfrentadas por alunos e professores na região e que precisam ser levadas em conta na definição de políticas públicas educacionais: a necessidade de adaptar o horário de aula de escolas ribeirinhas às marés, e o longo tempo de percurso dos alunos navegando os rios amazônicos para chegar à escola.
“Na Amazônia, a forma convencional de executar qualquer política pública não funciona”, alerta a deputada.
Da Redação – ND
Na próxima terça-feira, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados será palco de uma importante audiência pública para debater os impactos do chamado “fator amazônico” nas políticas educacionais. O termo se refere aos custos extras de logística e transporte necessários para realizar ações na região Amazônica.
A iniciativa partiu da deputada Professora Goreth, do PDT-AP, e está marcada para começar às 10 horas. O local exato da reunião ainda não foi confirmado, mas promete reunir especialistas, representantes do governo e da sociedade civil para discutir os desafios enfrentados na região.
De acordo com a parlamentar, a extensão territorial e as condições geográficas da Amazônia dificultam o acesso e impactam diretamente nos preços e na qualidade dos serviços, principalmente na educação. Um dos exemplos citados foi a distribuição de merenda escolar em comunidades ribeirinhas, que demanda um planejamento logístico detalhado e recursos extras não previstos inicialmente.
Além disso, a deputada ressaltou outras dificuldades vivenciadas por alunos e professores na região, como a necessidade de adaptação do horário de aula às marés e o longo percurso que os estudantes precisam fazer navegando pelos rios para chegar à escola.
É evidente que a realidade amazônica requer uma abordagem diferenciada e adaptada, conforme alerta Professora Goreth. A tradicional forma de implementar políticas públicas não é eficaz na Amazônia, e é preciso considerar essas especificidades na elaboração de estratégias educacionais para a região.