Famílias de renda muito baixa sentem mais o peso da inflação em 2024, aponta estudo do Ipea divulgado nesta sexta-feira.

Por outro lado, as famílias de renda alta, com um orçamento superior a R$ 21.059,92, registraram um aumento nos preços de 1,9% ao longo do ano de 2024. Os grupos familiares de renda baixa, com valores entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99, e média baixa, com renda de R$ 3.158,99 a R$ 5.264,99, também enfrentaram uma inflação acima da média, de 2,50% e 2,35%, respectivamente.
Já os lares de renda média, com valores entre R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96, sentiram um impacto ligeiramente abaixo da inflação oficial, com um aumento de preços de 2,25% ao longo de 2024.
Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelam que a influência dos efeitos climáticos sobre os alimentos no domicílio é a principal causa da pressão inflacionária nas famílias de renda mais baixa, uma vez que a alimentação representa uma parcela maior do orçamento desses lares.
No acumulado dos últimos 12 meses, as famílias de rendas média, média alta e alta sentiram uma inflação mais elevada do que a média de todas as faixas de rendimento, com percentuais de 4,03%, 4,27% e 4,84%, respectivamente. Por outro lado, os lares de renda muito baixa, baixa e média baixa tiveram uma inflação mais suave, com índices de 3,20%, 3,42% e 3,66%, respectivamente.
Dessa forma, a disparidade na inflação entre as diferentes faixas de renda evidencia as diferentes realidades enfrentadas pelas famílias brasileiras em relação ao custo de vida e ao impacto econômico de acordo com o contexto socioeconômico de cada grupo.