Lula participa de fórum internacional em Genebra
O presidente Lula, em meio a um momento doméstico conturbado, participa nesta quinta-feira (13) de um fórum internacional em Genebra, na Suíça, com apenas dois chefes de Estado: ele mesmo e o presidente do Nepal, Ram Chandra Paudel. Além disso, ele realizará uma homenagem ao escritor brasileiro Paulo Coelho, que é radicado na Suíça.
Com a viagem presidencial ao exterior, questões delicadas como o futuro do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado em uma investigação de desvio de recursos, e o desgaste do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após derrotas no Congresso, ficam em suspenso.
O evento no qual Lula participa, na sede da ONU, é o primeiro fórum da Coalizão Global pela Justiça Social, uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), onde o presidente fará um dos discursos de encerramento.
O recém-criado fórum reúne representantes de governos, empregados e empregadores em busca de soluções concretas para problemas que afetam trabalhadores ao redor do mundo, como o impacto das mudanças climáticas e das novas tecnologias, como a inteligência artificial.
O presidente aproveitará o discurso na ONU para reforçar pautas prioritárias da política externa brasileira, como a taxação dos super-ricos e o combate global à fome, visto que o país ocupa atualmente a presidência rotativa do G20.
Após sua passagem por Genebra, Lula seguirá para a Itália, onde participará da cúpula do G7, reunindo líderes de sete grandes economias do mundo e da União Europeia.
Em Genebra, além do discurso na OIT, Lula terá um encontro bilateral com a presidente da Suíça, Viola Amherd, e participará de uma homenagem a Paulo Coelho, com o lançamento de um selo comemorativo.
O presidente foi convidado para atuar como copresidente da recém-criada coalizão pela OIT e sua presença na conferência ministerial em Genebra marca o retorno dele a uma conferência da OIT na cidade desde 2003, em seu primeiro mandato.
Por motivos diplomáticos, Lula não participará de uma conferência sobre o fim do conflito no Leste Europeu, devido à ausência da Rússia no evento. Isso reflete as escolhas estratégicas do Brasil em relação a eventos internacionais.
