Presidente Lula defende relação entre capital e trabalho para reduzir desigualdades sociais em fórum da OIT em Genebra
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Durante o discurso, Lula destacou que a informalidade, a precarização do trabalho e a pobreza persistem em níveis preocupantes em escala global. O número de pessoas em empregos informais aumentou significativamente nos últimos anos, refletindo uma realidade de renda em queda para os menos escolarizados. Lula também enfatizou a necessidade de uma nova abordagem na economia, com um foco maior em emprego e renda.
Além disso, o presidente brasileiro defendeu a taxação dos super-ricos como uma medida necessária para combater a desigualdade e promover justiça social. Ele ressaltou que a concentração de renda em um pequeno grupo de bilionários é alarmante e defendeu a utilização desses recursos para enfrentar questões urgentes, como a fome e a pobreza.
Lula também abordou a importância da transição ecológica e digital, destacando a necessidade de promover o desenvolvimento sustentável em todas as suas dimensões. Ele ressaltou a importância de políticas voltadas para a transição energética e a preservação do meio ambiente, assim como o desenvolvimento de habilidades digitais em uma economia cada vez mais tecnológica.
Por fim, o presidente destacou a relevância da Coalizão Global para a Justiça Social como uma ferramenta essencial para promover a transição com justiça social, trabalho decente e igualdade. Ele defendeu uma representação mais igualitária dos países em desenvolvimento nos organismos de governança global e ressaltou a importância de decisões democráticas e eficazes para enfrentar os desafios atuais.
A Coalizão Global pela Justiça Social, lançada no ano passado, já conta com mais de 250 membros e tem como objetivo promover a justiça social em níveis globais. Com a participação do Brasil na 112ª Conferência da OIT em Genebra, a delegação brasileira busca contribuir para a promoção do trabalho decente e a redução das desigualdades sociais em escala internacional.