Lula reitera posição de neutralidade em relação à guerra na Ucrânia e critica postura dos presidentes da Rússia e Ucrânia
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Durante a conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Genebra, na Suíça, Lula enfatizou que o Brasil não toma partido na guerra, mas está disposto a participar de reuniões de paz desde que ambos os lados conflitantes estejam presentes. O presidente recusou um convite para uma cúpula pela paz entre Rússia e Ucrânia, ressaltando que é essencial ter representantes de ambas as nações na mesa de negociações.
Lula também comentou sobre a desoneração da folha de pagamento e a devolução pelo Senado de uma medida provisória que restringia as compensações do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Ele destacou que a responsabilidade pela proposta de compensação é do Congresso Nacional e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não deve ser responsabilizado.
Além disso, Lula abordou o indiciamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pela Polícia Federal por uso indevido de recursos públicos. O presidente afirmou que discutirá a permanência do ministro no governo após sua viagem à Europa, onde participará da Cúpula do G7.
Durante a conferência da OIT, Lula também enfatizou a importância do trabalho digno e discutiu questões relacionadas à precariedade das relações trabalhistas e às desigualdades no mercado de trabalho. O presidente teve um encontro bilateral com o diretor-geral da OIT, Gilbert Houngbo, e destacou a necessidade de enfrentar os desafios relacionados ao envelhecimento da força de trabalho e às mudanças no mercado de trabalho.
Antes de seguir para a Itália, onde participará da Cúpula do G7, Lula participou do lançamento de um selo em homenagem aos 35 anos da obra “O Alquimista”, do escritor brasileiro Paulo Coelho, em Genebra. A agenda do presidente inclui ainda encontros bilaterais com autoridades durante o evento na Itália.