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Deslocados e refugiados: 75% encontram abrigo em países pobres, desmistificando a narrativa dos partidos populistas na Europa

Deslocados e Refugiados: A Realidade nos Países Pobres

A situação dos deslocados e refugiados ao redor do mundo tem chamado a atenção nos últimos anos. Ao contrário do que muitos imaginam, o maior fluxo de pessoas não está nos países ricos da Europa, mas sim nos países pobres, onde 75% dos deslocados encontram abrigo. Mesmo representando apenas 20% do PIB mundial, essas nações acolhem três quartos dos estrangeiros que buscam refúgio e segurança.

Situação no Sudão e Gaza

Um dos principais motivos que contribuíram para o aumento dos números foi o conflito devastador no Sudão. Desde abril de 2023, mais de 7,1 milhões de novos deslocamentos foram registrados no país, juntamente com outros 1,9 milhão fora de suas fronteiras. No total, 10,8 milhões de sudaneses foram forçados a deixar suas casas. Além disso, em países como República Democrática do Congo e Mianmar, milhões de pessoas também foram deslocadas internamente devido a conflitos violentos que assolam essas regiões.

Na Faixa de Gaza, a situação não é diferente. A UNRWA estima que cerca de 1,7 milhão de pessoas, representando 75% da população, foram deslocadas devido à violência no local. A Síria, por sua vez, mantém-se como a maior crise de deslocamento do mundo, com 13,8 milhões de pessoas forçadas a deixar suas casas, tanto dentro do país quanto fora dele.

O Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, ressaltou que por trás dos números alarmantes de deslocados e refugiados estão inúmeras tragédias humanas. Ele fez um apelo à comunidade internacional para agir com urgência e combater as causas fundamentais desse fenômeno.

“É crucial que as partes em conflito respeitem as leis básicas da guerra e o direito internacional. Sem uma melhor cooperação e esforços conjuntos para lidar com os conflitos, violações de direitos humanos e a crise climática, os números de deslocamentos continuarão aumentando, gerando mais miséria e demandando respostas humanitárias cada vez mais caras”, alertou Grandi.

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