
Unidades de tratamento de dengue encerram atividades em Votorantim e Salto
No final de maio, as cidades de Votorantim e Salto, no interior de São Paulo, decidiram fechar suas unidades específicas para o tratamento da dengue. A justificativa das prefeituras foi a redução no número de atendimentos nas últimas semanas e a chegada do clima mais frio.
De acordo com os dados do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, houve uma significativa queda no registro de casos prováveis nas últimas semanas. Nas semanas epidemiológicas 21 e 22, foram registrados 153.865 e 82.813 novos casos, respectivamente. Já na semana 23, o número caiu para 28.262 casos, indicando uma retomada ao patamar do ano anterior.
Em Votorantim, com uma população de aproximadamente 130 mil habitantes, o núcleo de dengue era responsável por avaliar e tratar pacientes com sintomas leves da doença. Desde a sua abertura em 15 de abril, realizou mais de 2.000 atendimentos, uma média de 90 por dia. A cidade registrou 5.800 casos prováveis e quatro mortes por dengue, de acordo com dados do governo federal.
A decisão de fechar a unidade de tratamento foi tomada após a secretaria de saúde detectar uma redução no número de pacientes, sendo agora recomendado que os casos leves busquem as Unidades Básicas de Saúde (UBS) para atendimento.
Em nota, a assessoria da Prefeitura de Votorantim alertou a população para manter os cuidados mesmo com a chegada do frio, visando evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Na cidade de Salto, com uma população similar à de Votorantim, cerca de 5.153 pessoas foram atendidas na unidade que funcionou desde 18 de março. O município registrou cinco óbitos por dengue, e outros seis estão em processo de confirmação, com 4.640 casos prováveis.
A prefeitura de Salto também orientou que pacientes com sintomas busquem as UBS de referência para avaliação e acompanhamento.
Conforme um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado no final de maio, o Brasil é o país com mais casos de dengue no mundo em 2024. A OMS tem estabelecido um sistema global de vigilância da doença e monitora a incidência mensalmente, tendo dados de 103 países até o momento, com 28 deles sem registrar casos.