
Comissão Europeia impõe tarifas extras sobre carros elétricos chineses
A Comissão Europeia anunciou que a partir de julho irá impor tarifas extras de até 38,1% sobre carros elétricos chineses importados, gerando possíveis retaliações por parte da China. Em resposta, o país asiático afirmou que tomará medidas para proteger seus interesses comerciais, lançando uma nova polêmica no cenário internacional.
Essa decisão da UE vem logo após os Estados Unidos também aumentarem as tarifas para carros elétricos chineses, buscando combater subsídios considerados excessivos. As tarifas adicionais variam de 17,4% para a BYD até 38,1% para a SAIC, além da tarifa padrão de 10% para carros.
Essa medida representa bilhões de euros em custos adicionais para as montadoras em um momento de desaceleração da demanda e queda de preços na União Europeia. A participação de carros chineses no mercado europeu tem crescido significativamente nos últimos anos, alcançando 8% e podendo chegar a 15% até 2025.
Ameaças de retaliação e impactos econômicos
A China expressou descontentamento com a investigação anti-subsídios da UE, classificando-a como protecionismo. O país prometeu tomar todas as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses. Enquanto isso, montadoras e fornecedores chineses buscam estratégias para minimizar os impactos das tarifas, investindo na produção europeia para evitar maiores custos.
Representantes da indústria automobilística na Europa estão temerosos com possíveis represálias comerciais da China. Empresas como Tesla, Geely e BYD que exportam carros elétricos da China poderão sofrer consequências negativas com as novas tarifas.
Implicações geopolíticas e econômicas
A decisão da Comissão Europeia representa um marco na política comercial do bloco, que busca equilibrar as importações de carros elétricos chineses. Audiências com autoridades chinesas estão em andamento para discutir possíveis soluções e resolver as tensões causadas pelas tarifas.
Os principais fabricantes europeus, como Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW, analisam os impactos negativos das tarifas e alertam para o agravamento das relações comerciais entre China e UE. A incerteza em relação às retaliações chinesas e aos efeitos econômicos das tarifas preocupa o setor automobilístico global.