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STF decide que FGTS deverá ser corrigido pelo IPCA, garantindo melhor remuneração aos correntistas em nova forma de cálculo.

O Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu uma importante decisão nesta quarta-feira (12) que impacta diretamente os trabalhadores brasileiros que possuem contas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A partir de agora, as contas do FGTS não poderão ser corrigidas apenas pela Taxa Referencial (TR), que atualmente possui um valor próximo a zero. Com essa determinação, as contas terão que garantir uma correção real com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no país.

Essa nova forma de correção passa a valer para novos depósitos feitos a partir da decisão do STF e não retroativamente. Os ministros também decidiram manter o cálculo atual que determina a correção com juros de 3% ao ano, o acréscimo de distribuição de lucros do fundo e a correção pela TR, com a garantia de que a soma final resulte na correção pelo IPCA.

No entanto, se o cálculo atual não conseguir alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do FGTS estabelecer a forma de compensação necessária. Atualmente, o IPCA acumulado nos últimos 12 meses está em torno de 3,90%.

A proposta de cálculo foi apresentada ao STF pela Advocacia-Geral da União (AGU), órgão que representa o governo federal, após uma conciliação com centrais sindicais durante o processo. O caso foi levado ao Supremo a partir de uma ação protocolada em 2014 pelo partido Solidariedade, que argumentava que a correção pela TR não remunerava adequadamente os correntistas, resultando em perdas em relação à inflação real.

O FGTS, criado em 1966 para substituir a garantia de estabilidade no emprego, funciona como uma poupança compulsória e proteção financeira contra o desemprego. Em caso de dispensa sem justa causa, o trabalhador tem direito ao saldo do FGTS, acrescido ainda de uma multa de 40% sobre o montante.

Com a decisão do STF, os trabalhadores terão uma maior garantia de que seus recursos no FGTS estarão protegidos contra a desvalorização causada pela inflação, proporcionando assim uma maior segurança financeira para o futuro.

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