Senadores contrários ao projeto de lei sobre jogos de azar mudam de posição e defendem votação na CCJ do Senado

O senador Carlos Vianna, do Podemos de Minas Gerais, afirmou em entrevista que agora acredita ter os votos necessários para rejeitar a medida na CCJ. Isso demonstra um possível risco de o PL não ser aprovado. Por conta disso, os senadores Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, e Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, pediram mais tempo para analisar as alterações propostas pelo relator, o senador Irajá, do PSD de Tocantins. O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre, optou por adiar mais uma vez a votação, afirmando que esse será o último adiamento e que a votação está marcada para a próxima semana.
O relator da matéria, senador Irajá, elogiou o adiamento, salientando a necessidade de mais tempo para avaliar novos pedidos de mudanças no texto. Ele ressaltou que o projeto permite o controle do Estado sobre os jogos de azar, mitigando possíveis vínculos com o crime organizado e estabelecendo limites para a quantidade de estabelecimentos de jogos de azar, facilitando a fiscalização.
De um lado, há argumentos a favor da legalização dos jogos de azar, como a geração de receitas para o Estado, a possibilidade de tratamento da ludopatia como um problema de saúde pública e o estímulo ao desenvolvimento regional por meio do turismo e investimentos no setor hoteleiro. Por outro lado, o senador Carlos Vianna alerta para os riscos associados aos jogos de azar, como a possibilidade de endividamento e ruína financeira de famílias, além do potencial para lavagem de dinheiro e sonegação.
Diante desse cenário de posicionamentos antagônicos, a votação do projeto na CCJ na próxima semana promete gerar debates intensos e decisões que terão impacto significativo no cenário do jogo no Brasil. Será fundamental acompanhar de perto os desdobramentos e as argumentações de cada lado para compreender as possíveis consequências dessa importante decisão legislativa.