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Senador critica decisão de prisão de envolvidos em atos de 8 de janeiro e denuncia arbitrariedades do ministro do STF




Senador critica decisão do STF e denuncia ações arbitrárias

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento nesta terça-feira (11), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a prisão, na última quinta-feira (6), de 208 envolvidos nos atos de 8 de janeiro por descumprimento de medidas cautelares. O senador também destacou que a Polícia Federal recebeu autorização do ministro para investigar e prender envolvidos que fugiram para outros países.

Girão condenou a conduta de Moraes, que, segundo o parlamentar, vem cometendo uma sucessão de “arbitrariedades” contra cidadãos brasileiros. Para o senador, os envolvidos tiveram seus direitos constitucionais de defesa cerceados e foram transformados em “presos políticos”. Em resposta a essa ação, Girão apresentou um requerimento para uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH) para discutir “barbaridades” ocorridas no contexto das prisões.

Girão também mencionou as alegações de Ezequiel Silveira, advogado da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro, que classificou as últimas prisões como ilegais e baseadas no receio de suposto risco de fuga dos acusados. O parlamentar destacou os casos do veterinário Felício Manuel Araújo e da professora aposentada Iraci Nagoshi, que, segundo ele, enfrentam condições adversas e penas severas apesar de não terem participado dos atos de vandalismo.

O senador ressaltou a importância de cessar as perseguições aos inocentes e defender o princípio do Estado democrático de direito. Ele criticou a atuação da Polícia Federal, comparando a atual operação com a Operação Lava Jato, ressaltando a diferença na abordagem e nos alvos das ações policiais.

Em meio a essas denúncias e críticas, Girão busca promover o debate e a reflexão sobre os limites do poder judiciário e a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos. A solicitação de uma audiência pública demonstra o compromisso do senador com o diálogo e a transparência no processo de investigação e punição dos responsáveis pelos atos de janeiro.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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