
Vitória parcial de Milei no Senado argentino
O Senado argentino aprovou, nesta quarta-feira (12), a Lei de Bases proposta pelo ultraliberal Javier Milei após uma intensa maratona de negociações e votações. Com 36 votos a favor, o governo conseguiu avançar com sua agenda legislativa, mesmo tendo que ceder em alguns pontos sensíveis.
Após um dia de debates acalorados e tensões nas proximidades do Congresso em Buenos Aires, a vice-presidente Victoria Villarruel desempatou a votação a favor da aprovação da lei, que agora terá seus artigos votados individualmente pelos senadores.
O pacote inicial de privatizações proposto por Milei foi amplamente reduzido ao longo das negociações com a oposição e com a retirada de empresas como Aerolíneas Argentinas, Correios e RTA da lista. O governo também recuou em outras medidas, como a reforma no regime de aposentadorias e o corte no financiamento de obras públicas.
Uma das principais vitórias para o governo foi a manutenção do Rigi, que visa atrair investimentos estrangeiros em setores como petróleo, gás e mineração. No entanto, críticos apontam que esse projeto pode prejudicar pequenas e médias empresas, não seguir as diretrizes de combate às mudanças climáticas e ferir a soberania nacional.
O governo Milei enfrentou forte oposição nas ruas, com confrontos entre manifestantes e a polícia. Apesar desse cenário, o governo mostra-se otimista com a aprovação da Lei de Bases, que era uma de suas prioridades legislativas desde o início do mandato.
Com a nova legislação em vigor, o governo argentino poderá dar continuidade aos seus planos econômicos que dependem da aprovação do Congresso, mesmo com a vigência do DNU de Milei, que promoveu uma ampla desregulação da economia no país.
Lá fora
Receba no seu email uma seleção semanal com o que de mais importante aconteceu no mundo