Operadoras de planos de saúde registram lucro recorde de R$3,33 bilhões no primeiro trimestre de 2024, aponta ANS.
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O desempenho econômico-financeiro foi observado em todos os segmentos do setor: operadoras exclusivamente odontológicas registraram um lucro de R$ 187,9 milhões, as médico-hospitalares de R$ 3,07 bilhões e as administradoras de benefícios de R$ 66,4 milhões.
Um destaque importante é que, pela primeira vez desde 2021, as operadoras médico-hospitalares conseguiram fechar o primeiro trimestre do ano com um saldo positivo na diferença entre receitas e despesas relacionadas às operações de assistência à saúde. Isso resultou em um saldo operacional de R$ 1,9 bilhão, o que representa um patamar semelhante aos anos anteriores à pandemia de Covid-19.
Mesmo em um cenário de redução das taxas de juros, as operadoras médico-hospitalares continuam a ser beneficiadas pela remuneração das aplicações financeiras acumuladas, que totalizaram R$ 115,4 bilhões ao final de março. No primeiro trimestre de 2024, o resultado financeiro foi positivo em R$ 2,3 bilhões, próximo do observado nos anos anteriores.
O diretor de Normas e Habilitações das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, ressaltou a importância de a recuperação econômico-financeira do setor refletir na qualidade dos serviços oferecidos aos beneficiários. Ele destacou a necessidade de as operadoras investirem em gestão e prestarem um atendimento de qualidade.
Ao analisar os resultados por porte de operadora, é possível observar que as médico-hospitalares de grande porte foram responsáveis pela recuperação do resultado líquido do setor, registrando R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Já as médias tiveram uma redução e as pequenas um aumento, indicando um movimento de reorganização do setor.
A sinistralidade, que é o principal indicador que explica o desempenho das operadoras médico-hospitalares, registrou no primeiro trimestre de 2024 um índice de 82,5%, apontando uma redução em relação ao ano anterior. Essa tendência de redução da sinistralidade desde 2023 está ligada ao aumento das mensalidades médias em relação às despesas assistenciais por beneficiário.
Em resumo, os resultados financeiros positivos no primeiro trimestre de 2024 indicam uma recuperação sólida do setor de planos de saúde, que precisa ser acompanhada pela melhoria dos serviços prestados aos beneficiários, refletindo a importância de investir em gestão e qualidade.