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Malária atinge 29% de crianças na região amazônica brasileira, com 73 mortes registradas em 10 anos, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.

A malária é uma doença presente na região amazônica brasileira e que afeta diversas faixas etárias, inclusive crianças. De acordo com dados da pesquisa Saúde Brasil, realizada pelo Ministério da Saúde, entre os anos de 2013 e 2022 foram identificados mais de 1,5 milhão de casos da doença nessa região, sendo que 29% deles ocorreram em crianças com até 12 anos de idade.

Um dado preocupante é que, nesse mesmo período, foram registradas 73 mortes de crianças menores de 12 anos devido à malária, sendo 22 dessas mortes em crianças com menos de 1 ano. Apesar desses números alarmantes, o Ministério da Saúde ressaltou que a taxa de letalidade por malária na região amazônica brasileira é considerada baixa, mesmo em crianças.

Com o objetivo de reduzir a incidência da doença, uma das estratégias recomendadas pelo Ministério da Saúde é a utilização de mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração (MILDs), os quais são distribuídos gratuitamente e instalados em áreas de alta transmissão por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida serve como uma barreira física e química para diminuir a população do mosquito vetor.

Além disso, para o tratamento de crianças menores de 12 anos contra a malária causada pelo parasita Plasmodium falciparum, o Ministério da Saúde informou que está retomando a oferta da associação artesunato + mefloquina, conhecida como ASMQ. Esse medicamento, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi interrompido em 2021, mas voltou a ser fabricado em 2023, com disponibilidade para maiores de 12 anos. Agora, em 2024, a produção foi retomada para atender também aos menores de 12 anos.

Dessa forma, medidas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento oportuno são essenciais para o controle e a redução dos casos de malária, especialmente em crianças, na região amazônica brasileira. É fundamental que a população e as autoridades de saúde estejam atentas a essa questão e atuem de forma eficaz para combater essa doença.

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